sexta-feira, 17 de julho de 2015

Os Festivais, A Internacionalização E As Marcas

em Oeiras, Portugal
Nos Alive 2015 © Diogo Pereira 2015
Os festivais de música estão a posicionar-se cada vez mais como referências de Portugal no estrangeiro. De volta a conversa do clima propício e a hospitalidade.

No Alive, por exemplo, não é preciso andar muito para tropeçar em espanhóis, franceses, italianos, alemães e muitos outros estrangeiros. Segundo Álvaro Covões, responsável por este evento que acontece anualmente em Oeiras, a receita é trazer os turistas até Lisboa, dar-lhes a manhã e a hora de almoço para visitarem a cidade e provarem a gastronomia, à tarde assistem aos concertos das suas bandas favoritas e ainda ficam com a madrugada para experienciarem a movida alfacinha.

A fórmula parece resultar. Só este ano foram 15 mil os estrangeiros que estiveram em Lisboa para ver Muse [na foto], Mumford & Sons e muitos outros artistas de relevo mundial. E mais uma vez, segundo a organização, ficaram por Lisboa mais dias do que os três do festival.

Com tanto público e tantos interessados em entrar no recinto, este é o tipo de acontecimentos que atrai as marcas. Os brindes são às centenas e a construção de stands parece épica. O objetivo é ver quem tem o castelo mais vistoso.

Mas ainda falta muito público de fora do país para que estes festivais tenham uma verdadeira posição global. Começaremos a estar perante produtos de atração global quando, como nos eventos desportivos, as marcas internacionais tiverem interesse em patrocinar estes concertos.

No Alive não há marcas globais. Ou melhor, apenas a Heineken, marca de cerveja holandesa é de conhecimento global. De resto, o patrocinador principal é português e todos os outros o são também.

Quando os estrangeiros forem mais, talvez venhamos a conhecer novos patrocinadores. Ou melhor, sponsors...

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