domingo, 22 de julho de 2012

Alcatraz

Alcatraz é o nome de uma ilha Norte-Americana situada geograficamente no estado da Califórnia. 
Este pequeno pedaço de terra foi, em primeira instância utilizado como base militar, mas posteriormente foi convertido em prisão: uma das mais seguras do país e que albergava os mais perigosos criminosos como Al Capone, por exemplo.
Em 1963 o complexo foi oficialmente encerrado. Em causa estavam os custos de manutenção e o estado Americano chegou à conclusão que seria melhor construir uma nova prisão em vez de reparar aquela.
No início de 2012 estreou a série "Alcatraz". Com uma história policial rodeada de secretismo e alguma fantasia, J.J. Abrams (autor de séries como Lost e Fringe) conta como 63 pessoas, entre polícias e prisioneiros, desapareceram da ilha antes do seu encerramento e reapareceram paulatinamente nos tempos actuais.
Uma série à boa moda norte-americana com muita acção à mistura que vale a pena ver do primeiro ao último episódio. Lamentável é o seu cancelamento que impedirá uma segunda série, pelo menos para já.

sábado, 21 de julho de 2012

Os Alicerces De Coimbra

em Coimbra, Portugal
© CP'12
É com a promessa de se tornar num dos maiores museus portugueses que o Machado de Castro, em Coimbra, se mostra ao público ainda sem todas as suas mais valias visíveis, ainda assim é com agrado que podemos visitar o Criptopórtico Romano que sustentava o forum da cidade de Coimbra e, assim, compensando o declive acentuado da cidade. Até finais do século XVI esta estrutura foi usada na cidade.
A zona histórica transformada em museu desde 1911 nem sempre foi acessível uma vez que decorreram lá inúmeros trabalhos de pesquisa arqueológica e de restauro. Mas agora ele está acessível, de cara lavada e à espera da abertura total do Museu Nacional de Machado de Castro para que nos possamos deslumbrar com as suas restantes obras de arte.
© CP'12
















sexta-feira, 20 de julho de 2012

Cidade Com Vida Debaixo De Terra

em Paris, França
© DP'12
Os valores, as regras, as decisões existem desde sempre mas foram criados, recriados, adaptados e até aldrabados para que o Ser Humano pudesse voltar atrás. E a história vai-se repetindo, reproduzindo, afirmando ou simplesmente esquecendo, ainda assim há obras que, como o metropolitano de Paris, faziam sentido há 112 anos e que actualmente fazem as cidades viver.
O abismal em obras como a inicialmente conhecida "Estrada de Ferro Metropolitana", só é perceptível quando tomamos consciência do difícil que é fazer um túnel em pleno século XXI, e é então que a pergunta, óbvia, surge. Como é possível? 
Rede do metro de Paris (Mapa utilizado na minha visita à cidade)
Os números são o comprovativo necessário para demonstrar a grandiosidade deste meio de transporte que se congratula com o galardão de ser o quarto maior da Europa logo a seguir a Londres, Moscovo e Madrid, respectivamente. 
O sistema ferroviário subterrâneo está dividido em 16 linhas, com 213 quilómetros e mais de 300 estações separadas, em média, 300 metros. 

  
© DP'12
O Metropolitano da capital francesa tem investido bastante na modernização das linhas e, por conseguinte, no aumento da rapidez de viagem. A linha 14 e a linha 1 (representada na fotografia pela estação Franklin D. Roosevelt) estão inundadas de tecnologia. Os comboios circulam sem tripulação o que aumenta o espaço para passageiros nas carruagens. Por não existir maquinista todos os cais destas futuristas estações têm barreiras de segurança que apenas são abertas quando o comboio pára.

  
© CP'12
Paris é, de facto, uma metropole europeia e por isso a cultura aparece ao virar da esquina. E como não podia deixar de ser, o movimentado meio de transporte subterrâneo é palco de muitos eventos musicais. Podemos começar por duvidar das capacidades artísticas de quem toca ou representa no metro, mas nem precisamos de querer parar para isso acontecer. A qualidade invádenos, e não estando sujeitos ao ritmo frenético dos demais transeuntes acabamos por ficar a ouvir um acordeonista, um cantor ou até não menos vulgar uma banda de rock composta por vocalista, baixista, guitarrista e baterista. 
Mas nem só de música se faz a cultura metropolitana, são várias as estações que oferecem aos passageiros exposições de obras de arte feitas, por exemplo com materiais recicláveis.
Tudo isto num vão de escada do Metro de Paris que vive à velocidade da luz.


  
© DP'12
O Metro impõe-se como o meio de transporte ideal para visitar a cidade, a sua rapidez, flexibilidade e facilidade de utilização são motivos mais do que suficientes para estar no topo da lista do meio de transportes a utilizar. Perder-se é mesmo o mais difícil dentro da rede subterrânea. O Metro tem em todas as estações inúmeras placas indicativas e mapas muito fáceis de seguir que facilitam a vida aos passageiros.

São apontadas criticas a este meio de transporte, uma vez que a cidade não é visível através dele, mas com o tempo que se poupa entre monumentos e locais a visitar pode visitar-se toda a cidade com mais calma. A "Estrada de Ferro Metropolitana" serve também para ajudar a encontrar o norte quando nos perdemos à superficie, uma vez que basta procurar uma estação de metro para reencontrarmos o caminho para casa. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Quarto De Hora Académico

em Coimbra, Portugal

Na paisagem Coimbrã há um elemento que rasga as fotografias e que se impõe.
A marcar as horas certas ou erradas, convenientes ou indesejadas a torre, mãe de quatro caprinos tem-se mantido na sua altivez desde 1733.

A velha torre da Cabra, hoje substituida pelos modernos relógios impostos aos estudantes que vivem freneticamente o seu ritmo académico, foi mandada construir em 1537. Mas não foi esta que chegou aos nossos dias. A disponibilidade financeira e, talvez mais importante, a excentricidade do nosso conhecido D. João V fizeram com que ela fosse aumentada para os 33 metros de altura e assim os seus quatro sinos e quatro relógios fossem vistos em toda a alta universitária (1733).
A sua utilização era regalia de toda a cidade ainda assim o seu principal objectivo era atingir os estudantes da Universidade que eram acordados, todas as manhas, pelo toque de um sino de nome "cabrão", vá-se lá saber porque... Ainda assim o sino mais importante e que torna conhecido o monumento é mesmo A Cabra.
É sabido que Coimbra sempre esteve na vanguarda das lutas estudantis. A sua tradição assim o impõe e, à época, era inevitável uma vez que a Universidade de Coimbra era única no país. E também nestas lutas esteve envolvida a torre e os badalos dos sinos que chegaram a ser roubados para que o "cabrão" não tocasse e, por conseguinte não houvesse obrigatoriedade de cumprir os horários académicos também eles diferentes do resto do país e mesmo da própria cidade de Coimbra. Actualmente os relógios da Universidade de Coimbra estão de acordo com o fuso horário nacional, mas, naquele tempo pode dizer-se que Portugal tinha 3 horas diferentes: (1) a do continente e arquipélago da Madeira, (2) a do arquipélago dos Açores e a da (3) Alta Universitária de Coimbra. Assim era, os relógios da velha torre eram atrasados quinze minutos para que o chamar dos estudantes para as aulas não fosse confundido com o chamar dos fiés para as missas.
A História "d'A Cabra", do cabrão e dos restantes sinos sem nome não se aprende numa subida ao topo da cidade, mas vale mesmo apena disfrutar de uma vista panorâmica que engloba toda a cidade do Mondego e essa, só se consegue no topo da velha Torre d'A Cabra, hoje de cara lavada e aberta ao público.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ponto & Vírgula


Foi em Outubro de 2011 que, numa reunião de redacção, enquanto se discutia a nova grelha de Inverno da Rádio Universidade de Coimbra (RUC), me calhou, quase ao acaso, a coordenação do Ponto & Vírgula, e, por seu turno, a pasta editorial de Academia e Ensino Superior que ocupam os primeiros lugares da pirâmide invertida da RUC.

A primeira dor de cabeça que se almejava resolver era o nome do programa. Não podia continuar a chamar-se Observatório Superior porque o novo formato ía, ao contrário do anterior, integrar, também, toda a área da educação quer fosse ensino superior, primário, básico ou secundário. Assim, como quem não quer a coisa, acabo por lançar o nome "Ponto & Vírgula" para o ar. Mas porque "Ponto & Vírgula"? Nem eu próprio sei, mas o certo é que ficou e, ao mesmo tempo, inviabilizou o nome do Diabo a Quatro (programa da RUC com espaço para o debate de temas de nível nacional comentados por docentes das diferentes faculdades da Universidade de Coimbra (UC) ) que tinha como nome previsto "Pontos Cardeais" e, segundo a directora de informação, eram "pontos a mais" para uma só grelha de informação.

Na estreia, a 18 de Outubro de 2011, o programa que prometia abordar diferentes temas em diferentes formatos (entrevista, reportagem, debate, etc...), teve como convidado o reitor da UC, o Professor João Gabriel Silva. Pode-se dizer que esta primeira edição não podia ter corrido melhor, uma vez que as palavras do antigo director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC foram ouvidas e destacadas na primeira página do Jornal de Notícias em manchete.

A partir daqui melhorar era difícil, mas continuava a ser importante ganhar espaço e reconhecimento.
Confesso que uma das maiores dificuldades é conseguir juntar na mesma mesa, entidades tão importantes quanto ocupadas como é o caso da Reitoria da UC ou da Camara Municipal.
Não tendo acesso aos dados, pelo "feedback"que me foi chegando, os programas mais ouvidos foram, sobretudo, dois: No auge das polémicas, mesmo a nível nacional, que levaram a praxe de novo para as primeiras páginas dos jornais, o programa que colocou o Dux Veteranorum e os professores da UC descontentes na mesma mesa foi, sem sombra de dúvidas, um dos programas mais ouvidos. Em segundo lugar penso que o debate que colocou Dino Alves e Fabian Figueiredo frente a frente também teve uma larga audiência uma vez que estes dois actores da vida política académica são conhecidos pelas suas divergências partidárias e de opinião.
De todos os programas destaco dois que gostei, particularmente de fazer. O primeiro refere-se à entrevista ao reitor da UC, porque, para qualquer jornalista, é bom ter alguém com responsabilidades que se pode comprometer com resoluções de problemas, ou até mesmo, esclarecer dúvidas que persistem. Em segundo lugar colo o penúltimo programa da série que foi conduzido a meias, no qual abordamos um tema que, muitas vezes, passa desapercebido, o regresso à faculdade de pessoas mais velhas que por alguma motivo tiveram que abandonar os estudos "quando eram novos".
O Ponto & Vírgula foi a escola necessária para cimentar pilares na formação que a Rádio Universidade de Coimbra me deu.

Lista de reprodução com os PodCasts do Ponto & Vírgula: