terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A Banca É O Melhor Negócio Do Mundo

Depois da queda de 4 - quatro! - bancos portugueses ficámos a saber que este é um dos negócios mais rentáveis e, ao mesmo tempo, um dos que menos riscos envolvem.

Em primeiro lugar este é um negócio que os políticos levam ao colo. Sob o pretexto de contaminação da economia Cavaco é o primeiro embaixador do negócio da banca. Já alertou várias vezes para os "riscos sistémicos" da falência de uma destas instituições. Das poucas vezes que fala, o "palhaço" elege quase sempre este tema.

A nossa União, tão pouco importada com os problemas sociais que países como Portugal, Grécia ou Espanha evidenciam, não se poupa a esforços quando um banco está em dificuldades. No caso do BES até aprovou prontamente legislação exclusiva para evitar o contágio dos outros bancos. O estado, esse, é que apanha sempre com as infeções!

Estamos habituados a que esta economia liberal funcione "com o mínimo de influência do estado". Esta prática é verdade para a maioria das pequenas e médias empresas que têm que pagar impostos e vivem, mês após mês com a corda no pescoço sem saber como pagar salários e com as finanças de arma em punho. No caso destes colossos que fazem funcionar a economia, o estado enterra dinheiro ano após ano, para depois os vender por tua-e-meia a outros bancos que, quando precisarem de falir, cá está o estado para os segurar!

Que mercado é este que olha para a economia sob o ponto de vista liberal, e apenas aplica as regras de Smith aos hospitais, escolas e meios de transporte, usando as de Marx para lidar com os bancos?

Se um banco, por mais pequeno que seja, é demasiado grande para falir das duas uma... Ou não deve ser privado, ou os Carlos Costas e Constâncio desta vida têm que fazer o seu trabalho como deve ser.

P.s.: Vitor Constâncio fez tão bem o seu trabalho que, depois da borrada com o BPN, foi promovido a alto quadro do Banco Central Europeu. Para onde irá Carlos Costa? 

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