domingo, 8 de março de 2015

Jornais Futebolísticos

   
Jornais O Jogo, Record e Abola de 8.3.15

Esta conversa já começa a tresandar a lugar comum. No entanto, como tenho um ódio de estimação ao jornalismo desportivo português, aqui vai.

Na realidade o problema começa precisamente pela definição do tipo de jornalismo que jornais como Record, A Bola e O Jogo fazem. Embora o estatuto editorial do Record diga, claramente, que é "especializado em desporto", não há dúvida para ninguém que o futebol é quem mais ordena.
Hoje, louvado seja A Bola, os periódicos que vendem mais de 70 mil exemplares por dia (de acordo com a Associação Portuguesa para o Controlo de tiragem e circulação - dados do 6º bimestre de 2014, somando O Jogo e Record) decidiram dar primazia ao desporto rei, o futebol, em detrimento da vitória de Nelson Évora nos europeus de atletismo.

Digo louvado seja A Bola porque deu o destaque merecedor a este acontecimento, no entanto não fica isento de críticas noutras circunstâncias e, mesmo nesta, não há informação de que tivesse em Praga um correspondente, só um, para cobrir um evento em que tantos portugueses participam e se destacam.

Também os generalistas ficam mal na fotografia quando, em eventos desportivos onde nada de relevante se consegue têm batalhões de jornalistas e, noutros, onde há verdadeiros feitos para o desporto nacional, escusam-se de marcar presença.

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